segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Novas opções no tratamento de Alzheimer



Há 30 anos se sabe que a acetilcolina está reduzida na doença de Alzheimer. Como a substância acetilcolina (um neurotransmissor cerebral), importante capacidade de recuperação de informação da memória está muito diminuída nos pacientes, uma das formas de tratá-los é dar medicamentos que aumentem a quantidade de acetilcolina cerebral. Esses medicamentos são chamados de inibidores de colinesterase. Seus represantes em nosso país são:

- Rivastigmina (Exelon®, Prometax®)
- Galantamina (Reminyl®)
- Donepezil (Ebix®, Eranz®, Donepezila genérico)
- Tacrina (Tacrinal®)

Apesar de a idéia de tratamento ser muito boa, os resultados alcançados por esse grupo de medicamentos é pequeno, superando em apenas 10% o placebo1 (substância inócua, sem atividade farmacológica).
Outra alternativa de tratamento é utilizar medicamentos que reduzam os níveis cerebrais do neurotransmissor glutamato. O glutamato, em níveis normais, tem ação benéfica sobre a memória, mas se houver aumento de sua quantidade ele pode produzir morte de células do cérebro. O representante desse classe é:
- Memantina (Alois®, Heimer®, Memantina genérico)

No entanto, essa substância tem eficácia semelhante ao placebo, revelou estudo recente2.
Bapineuzumab (Pfizer associada a J&J e Elan) é um medicamento em fase final de estudos para Alzheimer. Seu mecanismo de ação é diferente dos outros. São anticorpos que neutralizam e removem as proteínas que produzem a doença de alzheimer. Parece ser um medicamento que poderá frear o curso da doença. Atualmente há uma verdadeira corrida contra o relógio entre a Pfizer com seu medicamento e a Eli Lilly que também lançará o Solanezumab, medicamento que age da mesma forma.


1- Krista L. Lanctôt, Nathan Herrmann, Kenneth K. Yau, Lyla R. Khan, Barbara A. Liu, Maysoon M. LouLou, Thomas R. Einarson. Efficacy and safety of cholinesterase inhibitors in Alzheimer's disease: a meta-analysis - CMAJ Canadian Medical Association Journal September 16, 2003 vol. 169 no. 6.

2- Lon S. Schneider; Karen S. Dagerman; Julian P. T. Higgins; Rupert McShane. Lack of Evidence for the Efficacy of Memantine in Mild Alzheimer Disease. Archives of Neurology, 2011; DOI: 10.1001/archneurol.2011.69

Nenhum comentário:

Postar um comentário