segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Bapineuzumab e Solanezumab não são imperadores incas...

..são 2 novos medicamentos para o tratamento de Alzheimer.
O Alzheimer afeta 1 em cada 8 pessoas com mais de 65 anos de idade. Mas com o avançar da idade, o risco torna-se maior e aos 80 anos 50% das pessoas serão portadoras da doença, predominantemente mulheres.
Basicamente no Alzheimer (doença de) há destruição de células cerebrais importantes para a memória (principalmente no córtex entorrinal e no hipocampo). E também haverá prejuízo do córtex cerebral em áreas responsáveis pela linguagem e pelo pensamento lógico. Microscopicamente o Alzheimer deixa marcas profundas. Caracteristicamente há a formação de placas amilóides no espaço entre as células, (são formadas por proteína do tipo beta amilóide), identificáveis apenas em estudo do tecido cerebral após a morte e dentro das células cerebrais há o aparecimento de enovelados de neurofibrilas (finas fibras emaranhadas formadas pela proteína chamada tau) que acabam por prejudicar o transporte intracelular normal. O que se acredita é que tanto as placas amilóides como os emaranhados de proteína tau levam à morte celular e também à perda de conexão entre células. Pois bem. Como esses novos medicamentos agem? Esses medicamentos são anticorpos que se ligam às proteínas beta amilóide, formando complexos amilóide-anticorpo que então são removidos do cérebro, limpando-o e então reduzindo a perda de células e retardando o processo demencial do Alzheimer. Ambos os medicamentos ainda estão em fase de testes. Vamos aguardar!

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